terça-feira, 10 de junho de 2014

Por descuido e poesia.

Idas e vindas.
Das tuas, das minhas. 
Vamos pra longe, em direções opostas, mas voltamos para repousar no outro. 
A saudade aperta, o peito machuca, e o coração fica pequeno. 
Te procuro. 
Me procuras... 
Deus queira que nenhum parta e não encontre mais o caminho. 
Deus queira, que um dia, por descuido, a gente resolva ficar.
Sem idas e vindas.
Das tuas,
Das minhas.

"Diz que eu não sou de respeito, diz que não dá jeito de jeito nenhum, diz que eu sou subversivo, um elemento ativo, feroz e nocivo ao bem-estar comum. Fale do nosso barraco, diga que é um buraco que nem queiram ver, diga que o meu samba é fraco, e que eu não largo o taco nem pra conversar com você. Mas fica... Mas fica ao lado meu, você sai e não explica onde vai e a gente fica sem saber se vai voltar. Diga ao primeiro que passa, que eu sou da cachaça mais do que do amor! Diga, e diga de pirraça, de raiva ou de graça, no meio da praça, é favor. [...] Diz que eu ganho até folgado, mas perco no dado e não lhe dou vintém. Diz que é pra tomar cuidado, sou um desajustado, e o que bem lhe agrada, meu bem. Mas fica... Mas fica, meu amor, quem sabe um dia, por descuido ou poesia, você goste de ficar.

quinta-feira, 5 de junho de 2014

Quando eu me f(L)or.

Quando eu me for. 
Quando eu me for não quero choro nem vela. 
Quando eu me for, não quero pedido de volta, muito menos desculpas. 
Quando eu me for, meu peito deixa de ser tua morada, e não reclame se ele virar a de outro. 
Quando eu me for, não quero mensagens, muito menos as respostas daquelas que nunca tive. 
Sou flor, mas quando eu me for, viro pedra... 
Que cansou de apanhar por ser flor. 
Mas não se assuste... 
Se um dia você me encontrar por aí, sendo flor, que não precisa mais ser pedra. 
Quando eu me f(L)or.