domingo, 25 de maio de 2014

Se tu quisesse

Se tu quisesse...
Eu seria tua morada.

Se tu quisesse,
eu seria teu ombro pra derramar lamentação,
e seria também teu consolo.

Se tu quisesse,
eu viraria estações com você,
ficaria grudada no teu peito até segunda ordem.

Se tu quisesse,
te acordaria com o meu melhor e mais sincero sorriso;
te daria minha primeira gargalhada do dia,
todo dia.

Se tu quisesse,
eu permaneceria pra sempre na tua cama,
eu me despediria da minha,
sem dor,
sem drama...
Mas só pela tua cama.

Se tu quisesse,
levantaria da minha cama as 6h00 num domingo,
atravessaria a cidade,
igual aqueles sábados a noite,
só pra poder repousar no teu peito.

Enquanto houvesse a quem,
quando,
onde e
como
seria só tua.

Se tu quisesse...
Se tu quiser.

quinta-feira, 1 de maio de 2014

Sutil igual uma batida de trem

Pela primeira vez venho aqui com o coração leve.
Pela primeira vez em 18 anos de existência, escrevo meu eu, com o coração leve.
Pela primeira vez me sinto saindo do fundo do poço.

Ainda me sinto meio perdida,
não sei muito bem por onde começar,
mas eu sei pra onde ir.

Ainda há muito o que melhorar,
não sei bem bem o que fazer,
mas sei onde eu quero chegar.

Depois de anos,
vivendo num mundo onde eu precisava da aprovação dos que me cercavam,
hoje eu me basto.

E podem falar o que quiser,
eu sei quem sou, pra onde quero ir, e onde quero chegar.

Eu to me preocupando mais comigo,
com o meu, com o meu querer.

Licença pra chegar, pra passar e sair.

Depois de não me sentir completa em local algum,
eu sinto que tenho ido pelo caminho certo.
Carregando comigo as pessoas certas.

PELA PRIMEIRA VEZ EM 18 ANOS DE VIDA,
hoje eu sei que to na caminho certo!

Simplesmente porque não quero voltar pra traz.
EU NÃO QUERO.

A vida quando quer bater, não alisa.
Ela não para sua recuperação,
ou porque alguém partiu.

O sentido da vida é pra frente, e eu realmente abracei essa ideia.

To leve,
to com o coração aberto,
com a alma centrada...
E minha chegada lá em cima vai ser sutil,
igual a uma batida de trem.