quinta-feira, 21 de novembro de 2013

Gosto

Esses dias tive um momento estranho...
Eu estava fazendo um lanche da madrugada, 
E eu lembro que ele era o meu preferido entre todos os que faço...
Eu lembro que eu gostava tanto do sabor dele,
Eu tinha prazer em comer aquele lanche...

O momento estranho que estou tentando chegar, foi que,
Quando eu terminei o meu lanche prefirido da madrugada, 
Eu percebi o quão sem gosto ele estava... 
Digo...
Não senti o prazer dele, que antes era tão presente...

Dai comecei a pensar....
Acho que tudo que é feito com frequência perde o gosto...

Digo porque, parei pra vêr na minha própria vida, 
O que antes tinha tanto gosto, 
E hoje, 
Não me passa nada.

O lanche foi o princípio...
A madrugada virada veio em seguida,
As festas de puro descontrole depois, 
O desejo de beijar outras bocas depois (digo... Sair e encontrar alguém pra me preencher no momento e acordar vazia depois -droga eu pareço uma velha falando-),
Depois o gostar... Que eu julgava ser interminável e intenso...
E passou. 

Eu venho falando de mudanças,
E acho que finalmente entendi...

A gente muda...
Os gostos passam...

E isso não é ruim...
Talvez seja meu paladar ficando mais sofisticado, 
E eu mais evoluída...

Imagina só... 
Viver com apenas um lanche preferido?! 

Eu quero mais! 
Quero conhecer o mais! 

Com ou sem alguém...
Com o calor de gostar de alguém, 
Ou não! 

Afinal... 
Se não eu, quem mais vai ser responsável pela minha principal felicidade?! 
Ninguém. 
Porque não da pra esperar que alguém tenha o mesmo gosto por mim pra sempre.  

Assim como eu perco gostos, 
Os outros também perdem...

Acredito que o que fica é a lembrança.
A doce lembrança do quanto aquilo um dia já foi tão bom pra você, 
Mas hoje seu paladar está mais evoluído.

Todos nós evoluímos, 
E isso é maravilhoso! 

Vez em quando, 
Nosso paladar encontra alguém que nunca perde o gosto, 

Mas aquele gosto de começo, 
Do desconhecido sendo descoberto... 
Esse aí... É só no começo mesmo (e o melhor).

quarta-feira, 13 de novembro de 2013

. . .

Engraçado como a vida da tropeções na gente... 
Nunca entendi muito bem aquela frase "quando pensei que sabia todas as respostas, a vida veio e mudou as perguntas" até esses últimos tempos.
É tudo sempre uma constante mudança...
E eu não me acostumo com isso. 

Chega a ser difícil acreditar que existem tantas pessoas esperando sua queda,
Seu fracasso, 
Esperando que tudo de errado, 
Pra que possam se sentir bem.

Difícil acreditar em tamanha pobreza de espírito e tamanha falta de capacidade para ir atrás do seu.
Vermes... 
Como me rodeiam.

Nada é fácil, se for ta errado. 
O caminho mais curto, nem sempre é o melhor, 
E eu to sentindo que peguei tanto atalho, que to me ferrando 3x mais.

O mundo tem pesado 3x mais,
O peso do cinza, 
Do concreto,
Do cimento...

"A vida é muito curta pra morar aqui" penso eu... 
Dai lembro, que não importa o lugar, 
O melhor das coisas vem de dentro de você.

Sempre coube, e sempre vai caber a nós mesmos, 
Vermos o melhor, o sim e o simples.

Só que é tão difícil por isso em prática...

Como faz falta as mãos dadas (especificamente de uma pessoa)... 
Aquilo sim, 
Aquilo amenizava o peso, 
Aniquilava o peso de quase tudo que me rodeava, para uma porcentagem de -1%...

Como os vermes pesam nesses tempos que a zica chega, e fica...
Juntam se todos os monstros da cidade...
E falta as mãos dadas...

Já nem durmo direito,
Quando consigo fechar os olhos, acordo em cada movimento...
Em 1 segundo, entre o movimento e o fim do mesmo, 
Penso na falta que as mãos fazem... 
Volto a dormir (para que em 10 minutos acorde de novo).

"Sempre achei que seria mais fácil... Pensei, nesses últimos tempos, em saber as respostas da maioria das coisas... Descobri que não sei de nada. Nem sobre mim, nem sobre o mundo. Minha única certeza no momento... É que sinto falta das mãos dadas"